D E U S
O “ TODO “, O ABSOLUTO
“ O “TODO” ESTÁ EM TUDO,
ASSIM COMO “TUDO”
ESTÁ NO “TODO”
Desde os primórdios da humanidade, o homem vem
procurando, Conceituar, Definir e Compreender o “TODO”, ABSOLUTO ou a Divindade
Cósmica Total, conhecida pela denominação de “ DEUS ”.
Nessa tentativa, alguns o concebem como o Supremo
Poder ou Essência Espiritual que anima e interpenetra todas as coisas em toda
parte.
As religiões tradicionais, filosofias e Escolas
Iniciáticas de todos os tempos e lugares sempre afirmaram a existência de algo
ou uma espécie de Ser Supremo, Absoluto, Onisciente, Onipotente, Onipenetrante.
Uma espécie de Ser Cósmico, Infinito, Eterno, Imortal, criador, conservador e
transformador de todas as coisas em toda a parte.
A Doutrina Espírita, na palavra de seus mentores
espirituais o designa como: “Inteligência
Suprema, Causa Primeira de Todas as Coisas”
A concepção Maçônica é de que ele é o Grande
Arquiteto do Universo, enquanto os Rosacruzes e outras escolas espiritualista,
o concebem como u’a “Mente universal,
inteligência e poder infinitos, sempiterno, onipresente, ilimitado e sem forma
definida de manifestação”.
Essa Inteligência Suprema, O Absoluto, tem por vezes
recebido diversas denominações, segundo a
concepção, linguagem e costumes de cada povo ou nação.
Para os latinos é DEUS, ALLA para os
mulçumanos, TAO para os chineses, BRAHMA para os Indianos, OSÍRIS ou THOT para os antigos egípcios, LOGOS
ou TEOS para os gregos, GOD para os anglo-saxô e americanos do
norte, TUPAN, OLORUM ou ZAMBI para os
Umbandistas e praticantes do Candoblé, entre outros.
Os pensadores de todas as épocas
compreenderam a necessidade de ser admitida a existência dessa Realidade,
acreditando sê-la uma Divindade Total. E nisso repousa a base da religião
tradicional, conhecimento esse que através das eras foi transmitido ao mundo
pelos seus líderes. Algumas concepções atribuem ao TODO a ideia de um Deus
antropormófico, isto é, como se fora de formação humana, portanto, portador das qualificações e defeitos da natureza
humana, tais como: sensações, emoções, inveja, desejo de louvores, oferendas e
adorações.
Considerá-lo como tal seria conferir-lhe uma
natureza limitada. Mas, é comum observarmos a maioria das pessoas o imaginarem
Um Super-homem sentado num trono em meio das nuvens decidindo tudo como uma
espécie de rei idoso de barbas brancas, ora temendo sua cólera, vingança ou
oposição, ora recebendo seu perdão, indulgência, amor e tudo que um ser
benevolente é capaz de dar. E, talvez seja por isso que elas tendem a situá-lo
fora delas mesmas, habitando em qualquer parte do espaço cósmico ou céu.
Os que advogam essa teoria,
respaldam-se em algumas escrituras, que atribuem ao homem sua imagem e
semelhança, confundindo a semelhança e imagem divina que é eterna, com a imagem
terrena que passageira e mortal.
A concepção Universalista advoga que
há uma origem para tudo, pois todo efeito tem uma causa. E a criação tal como
se manifesta aos nossos olhos é o resultado de um Princípio Primordial que pode
ser denominado de Deus ou o “TODO”, portador de uma Inteligência que ordena
conscientemente “TUDO” o que criou.
Para ela Deus é a inteligência Universal que
concebeu toda a Criação, sendo o Verbo Original a Vibração Primordial que ele
utilizou para produzir o mundo manifesto
tal como o concebemos, isto é o “TUDO”
Assim DEUS é compreendido como uma substancia
ou Realidade Substancial sob a denominação de “O TODO”, porque acredita ser o
mais completo dos termos para designar AQUELE que excede todos os nomes e a
todas as concepções, uma vez que ninguém pode compreender sua natureza e
existência íntima, isto é, o INCOGNOSCÍVEL. Assim, ele é e será sempre perante
a razão humana, porque no finito não pode caber o infinito do qual aquele é
apenas parte.
Esse Ser é aquilo que didaticamente
poderíamos chamar de Substancia Real que anima e alenta todas as criaturas
viventes, habitando tanto dentro como fora de cada um de nós, embora
imperceptível aos sentidos físicos e inacessível à inteligência comum e humana.
Todas as teorias ou especulações a respeito da natureza íntima
do TODO, são meros esforços das mentes finitas procurando compreender o
segredo do Infinito. Contudo, existem certas
verdades resultantes da razão e reflexão humana sobre O TODO, que sem pretender
perscrutar seu íntimo, constituem sabedoria a seu respeito, até porque emanaram
de mentes iluminadas que o sentiram e o vivenciaram:
·
Que O TODO é inominado e Incognoscível;
·
Que nada existe fora
dele, por ser O TODO;
· É infinito porque não
há nada na razão humana que possa defini-lo, restringi-lo ou mesmo limitá-lo;
·
O TODO é imutável
porque jamais aumentou ou diminuiu, Ele sempre foi o que é e sempre será tal
como é agora.
·
O TODO é a única
realidade, e como nada há que exista fora dele, todas as outras coisas por
serem finitas, passageiras, condicionais e mutáveis não são reais, mas apenas
atuais.
· O TODO não é
unicamente Energia ou Força, porque possui uá mente universal ao contrário do
homem que dispõe de apenas uá mente vivente.
Diante dessa inacessibilidade do TODO como então
compreender a sua natureza?
Em resposta a isso, a sabedoria
divina, para animar o Universo, insuflou-se como Alma ou espírito em tudo o que
existe e naturalmente nos seres vivos ela é virtualmente perfeita e absoluta
porque se expressa melhor e com mais intensidade.
Isso porque a Vida é o suporte da evolução que ela
busca no contato com a matéria. E o homem é o seu melhor veículo para expressar
seus atributos divinos, tendo em vista de que foi investido de uma
individualidade e dispõe de todas as faculdades que lhe permitem exprimir as
virtudes em seu comportamento.
É em função dessa condição da alma no homem, que
ele é capaz de evoluir por meio de suas
próprias experiências, pois, ela lhe confere a autoconsciência
possibilitando-lhe sua aplicação nos diferentes aspectos de sua existência.
Existimos, porque "DEUS" existe, pois fomos
arquetipados em sua mente criadora universal. Se ele não existisse nem o
Universo como o conhecemos existiria, por isso ele eterno, pois não teve
começo, sempre existiu e sempre existirá.
Embora não se deva atribuir condições
humanas à Deus, contudo pode-se-lhe atribuir a sua Sabedoria divina, as mais
belas virtudes que expressam sua perfeição: O amor, a compaixão, a bondade, a
sinceridade, a humildade, o altruismo, etc...E, quando o homem consegue
manifestá-las em seu comportamento diário, significa o quanto já alcançou no
nível de sua evolução.
Quanto mais positiva for sua concepção de Deus,
mais inclinado fica para agir em conformidade com os ideais mais nobres,
direcionando seu comportamento e determinando em grande parte a direção que dá
a sua vida. Em verdade esse deve ser o fundamento de sua filosofia de vida,
pois serve de guia para discernir suas possíveis dúvidas entre o bem e o mal,
aplicando melhor e positivamente seu livre-arbítrio.
Na realidade a maioria dos seres
humanos crê na existência de Deus e busca mais ou menos conscientemente
conhecê-lo, o que difere entre eles é principalmente a maneira de concebê-lo,
de venerá-lo e de aplicar em sua vida a fé que os anima. E isso deve-se
principalmente à influência que as religiões ou determinadas escolas filosóficas
exercem neles.
Por outro lado, ninguém poderá
vislumbrar a compreensão de Deus ou sua natureza, se não for principalmente
procurando sentir sua inefável presença em tudo, buscando-o no mais profundo de
si mesmo, o Deus de seu coração e de sua compreensão e em tudo o que existe.
Didaticamente e para melhor compreensão dos
estudiosos sobre o que acima expomos, podemos imaginar o TODO, como uma grande
circunferência universal, de cujo centro emanam todas as energias vibratórias,
que dão origem a todos os seres e a todas as coisas visíveis e invisíveis.
A concepção permanente dessa realidade pelo ser
humano, de que em seu interior vibra a sua alma que também é a alma de Deus, o
tornará cada vez mais cheio de fé, portanto poderoso, iluminado e protegido.
Por fim, em verdade, o Deus, o TODO que qualquer um
poderá buscar e achar, sempre será o resultado de sua constante convivência com
ele. E como a busca é pessoal, a interpretação a seu respeito, é também pessoal
e intransferível. Talvez por isso é que ele o TODO, seja o Deus do coração de
cada um, tal como o concebe e compreende. E como esse resultado e diferente em
cada qual, é que devemos todos nos tolerarmos e nos aceitarmos como filhos de
um mesmo PAI buscando conceber a sua razão de ser em nós.
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