Universalismo

Universalismo

U N I V E R S A L I S MO CONSCIENCIAL, a Nova Era em Ação

TODOS SOMOS UM
Universalmente,
todos nós, somos UM, cada qual dependente e ligado ao outro por um laço que nos
torna verdadeiros irmãos, simplesmente porque aquilo que tenho e aquilo que
posso produzir ou fazer não é somente para mim, mas para benefícios dos outros,
do próximo.
Por
conseguinte, a sua existência depende de meus esforços e a minha dos seus e
ambos dependemos daquilo que todos os outros fazem.
Assim, compreendemos que sem a existência de outros
torna-se difícil a sobrevivência porque a nossa decantada “ individualidade” ou
“independência” não é real.
Cada um de nós é verdadeiramente o “guardião de seu
irmão”. Imagine quantas mentes, habilidades, profissões e empreendimentos são
necessários para nos suprir das utilidades materiais e facilidades da vida.
Olhe ao seu redor. A
cadeira que senta, o jornal que lê, a luz que está ao seu dispor, a madeira e
os outros materiais que constituem a casa que habita – tudo isso nos é
necessário e nos foi proporcionado pela contribuição dos outros e, a menos que
cada um de nós esteja contribuindo para aquilo que necessitam os OUTROS, nossas
vidas são inúteis e não estamos cumprindo o nosso dever.
Compreendendo a vida
dessa forma eliminamos nosso EU MATERIAL e pensamos somente na parte de nós
mesmo, A QUE PERTENCE A OUTROS.
Vejamos, pois, se
tenho excepcional habilidade para esculpir na madeira, essa habilidade pertence
a outros que dela necessitam. Se tenho talento incomum para projetar
maquinaria, esse talento pertence a outros e não se destina apenas a mim.
Aquilo que constitui
a melhor parte do Homem e aquilo que me faz “alguém” em minha própria
apreciação, é justamente o que não me pertence de modo algum, mas, sim a todos
os outros.
Destarte, chegaremos
a nos considerar, não como personalidades individuais, mas como partes
componentes da massa total da civilização humana; cada membro da mesma depende
dos outros naquilo que é necessário à sobrevivência.
Por isso é
importante esquecer o “EGO” materialista, deixando de pensar tão somente em si
mesmo, apenas como também pertencendo a todos. Então, passará a compreender os
problemas, as necessidades e os desejos de si e dos outros.

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................................ R E F L E X Ã O.....
...............................O P E N S A M E N T O.............
O Homem ou a mulher é o que pensa!
Se
você insiste em pensar no mal, na dor, na doença, você os atrairá para si.
Pense
na saúde, na alegria, na prosperidade e sua vida tomará novo rumo, mesmo diante
do que está passando.
Afirme
sempre que é feliz, que as dores tendem a diminuir e a sua saúde se consolida
cada vez mais, e a felicidade por fim bate a sua porta.
◄▲►
OBS : NAVEGUE PELOS PORTAIS AO LADO E OBSERVE A
SUBLIMIDADE DE CONHECIMENTO QUE CADA FILOSOFIA OU RELIGIÃO OFERECE AO BUSCADOR
DA VERDADE.




quarta-feira, 6 de julho de 2011

A ARTE DA MEDITAÇÃO



A MEDITAÇÃO é utilizada pelos taoístas como meio de alcançar o Tao, que seria algo como a harmonia, a paz, ter a alma limpa como a de uma criança. Existem várias formas de meditação:
              Você já observou o pôr-do-sol, sentou-se à beira do mar ou caminhou numa floresta, sentindo a mais completa paz interior e bem-estar? Estes são os mesmos sentimentos que se sente durante a prática de meditação.

              Meditação é um período de tempo que guardamos todos os dias para acalmar a nossa mente. Meditação é uma maneira de diminuirmos o passo, relaxarmos e entrarmos em contato com a parte eterna do nosso ser. No começo da meditação, os pensamentos ficam mais lentos, vindo a parar por completo eventualmente. O ponto mais alto da meditação é um estado chamado "samadhi", onde a mente se une completamente com mundos de perfeita luz. A meditação recarrega nossas energias e nos ajuda a entrar em contato com o nosso ser interior. Sua prática nos traz mais clareza para compreendermos nossa vida diária, para assim podermos determinar mais facilmente o que é correto e benéfico para nós. A meditação nos traz felicidade e energia, nos dando força também para realizar as coisas cotidianas, pois sua prática nos conecta com a força do universo. Com o tempo, a prática contínua da meditação nos leva à Iluminação. A boa nova é que os benefícios da meditação podem ser sentidos imediatamente, logo na primeira sessão.

             "Meditação é a ponte entre este e todos os outros níveis de consciência, A prática da meditação lhe traz consciência da sua natureza eternamente iluminada. Pela prática da meditação você verá que a natureza verdadeira do seu eu real, o corpo de luz, é felicidade eterna!" -Rama


TÉCNICAS DE MEDITAÇÃO

              Existem muitas formas de meditação, como por exemplo, a meditação baseada em chacras, yantras e mantras. Ainda que as formas de meditação variem entre si, todas empregam técnicas de concentração que nos auxiliam a deter nossos pensamentos. Quando a mente está calma, tal como um lago sem ondulações, sentimos uma paz e poder totais.

SUGESTÕES PARA MEDITAÇÃO

              Independente da forma de meditação, é sempre uma boa idéa tomar uma ducha ou lavar as mãos e o rosto antes de meditar. É bom também criar um lugar especial em seu quarto dedicado somente à meditação. Você poderá achar um lugar ao ar livre se assim sentir-se bem. É importante manter as costas eretas durante a meditação, seja sentado no chão ou numa cadeira. A energia flui pela columa vertebral e por isso procuramos manter esse caminho livre. Também é uma boa idéa não comer muito antes de meditar, pois poderá se sentir pesado e cansado. No final da meditação, sempre se recline-se para frente em sinal de gratidão e ofereça sua meditação de volta para o universo. Esse sinal de humilde gratidão é muito importante na prática budista.

              Hoje em dia existem muitas práticas de meditação. Geralmente elas involvem a concentração nos centros de energia do corpo, concentração em uma imagem, entoação de mantras ou músicas, ou exercícios respiratórios. Independentemente do estilo, todas têm um objetivo comum - deter os pensamentos. Quando os pensamentos param, podemos nos conectar com mundos de luz, força, sabedoria e consciência pura.                         Experimente cada técnica e determine qual é a que melhor lhe convém. Poderá até alternar técnicas de vez em quando. Qualquer que seja o método que escolher, sentirá que cada sessão trará um pouco mais de clareza e poder em sua vida. As coisas mais importantes são perseverança na sua prática e a abilidade de nunca julgar sua meditação. A meditação requer prática, portanto não espere muito em pouco tempo. Se sentir sua mente divagando para longe de sua meditação, não se sinta frustrado. Simplesmente traga sua mente de uma forma suave para a técnica. Confie em você mesmo e acredite em sua prática.

"Só com o coração é que podemos ver corretamente.
O essencial é invisível aos olhos."
-O Pequeno Príncipe
- o Ψ o –

O QUE É O TAO



A palavra "Tao" significa Caminho. Significa Caminho sem nenhum objetivo; simplesmente o Caminho. Esse é o significado da filosofia taoísta: que não há bjetivos; que não estamos indo a lugar nenhum. Que estamos indo apenas para estarmos aqui. Se você conhece o Caminho, conhece o objetivo, pois o objetivo não está no final do Caminho, mas ao longo de todo o Caminho; a cada momento e a cada passo ele está presente. Estar no Caminho é estar no objetivo, por isso a mensagem Taoísta não fala sobre Deus, não fala sobre o nirvana, iluminação... nem nada disso.
 A mensagem do Taoísmo é muito simples: "Você precisa encontrar o caminho". Toda a mensagem taoísta encontra-se sintetizada num pequenino livro chamado "Tao Te Ching", o único livro escrito pelo fundador do Taoísmo, Lao Tzu. Ali é que consta todo o ensinamento acerca de como seguir o Caminho.

                Lao-Tzu atingiu sua iluminação depois de muito tempo buscando a Verdade em livros, meditações... e nunca conseguiu alcançar. Um dia ele, frustrado, desistiu de alcançar a iluminação e retomou seus afazeres diários, simplesmente voltou a ir viver sua vida. Até que um dia, Lao Tzu estava sentado sob uma árvore e uma folha tinha começado a cair. A folha estava caindo lentamente, em zigue-zague, com o vento, e ele a observou. E não havia pressa para a folha cair no chão. Lao Tzu apenas observava seus movimentos. Se o vento soprava para o norte, a folha seguia para o norte; e se era para o sul, então para o sul ela rumava. A folha deixava-se levar pelo vento... e Lao Tzu apenas olhava. A folha foi caindo no chão e ficou parada ali. E, à medida que ele observava a folha cair e se acomodar no chão, algo se acomodou nele. A partir desse momento ele deixou de ser um homem comum e compreendeu que: "Os ventos sopram por conta própria e a existência é quem toma conta". Foi assim que ele conseguiu sua iluminação.
Enquanto Lao Tzu lutava para se tornar iluminado, ele não alcançou. É tolice o ser humano lutar contra a natureza. O Tao é entrega... é ausência de esforço. Isso não quer dizer que ele -- o esforço -- não seja necessário. Inicialmente o esforço é requerido. Você faz um grande esforço para viver de acordo com a Verdade; então, aos poucos, entende que seu grande esforço ajuda um pouco, mas dificulta bastante. Daí o esforço começa a ser abandonado. você tenta arduamente viver de acordo com o Tao e, pouco a pouco, começa a compreender que nenhum esforço é necessário para viver de acordo com a natureza... do contrário o próprio esforço continua caindo como um peso sobre você. E estes são alguns dos princípios do Tao: a naturalidade, a espontaneidade, a confiança na existência, a entrega, a paciência, a simplicidade, a passividade, a não-violência, a humildade, a suavidade, o não-fazer... e muitos outros. Todos eles estão implicitamente ou explicitamente escritos no Tao Te Ching... e são usados como referência para andar no Caminho.

                  O primeiro capítulo do livro de Lao Tzu é um dos mais relevantes. Nele está sintetizado toda a filosofia taoísta, e é entitulado "A Compreensão do Incompreensível (o Tao)". E é sobre este capítulo de que se trata este post.

                 "O Tao que pode ser mencionado não é o verdadeiro Tao. Nomes podem ser mencionados, mas não o nome eterno.
                   A origem do Céu e da Terra está na ausência de nomes. A "Mãe" de todas as coisas também não pode ser nominada.
                   Mesmo oculto, o Tao exerce sua influência. Devemos olhar esta influência como Sempre-manifestada. E quando é manifestada, devemos olhar para outro lado.
                   Estes dois fluem da mesma fonte. Embora tenham nomes diferentes, ambos são chamados de Mistérios. E o Mistério dos Mistérios, o Tao, é a porta de tudo o que é essencial."
(Tao Te Ching - Capítulo 1)

Todas as linguagens são inúteis, pois a verdade não pode ser expressa. A iluminação não é algo que você possa atingir; não é algo que você possa compreender. A verdade permanece por trás de tudo o que existe; ela não pode ser vista, você não consegue fazer ela caber dentro do seu entendimento. Se você conseguisse, isso signficaria que você permaneceu por trás; somente assim você pôde vê-lo. Mas, ainda assim, o que permaneceria por detrás de você, então? Existe uma presença misteriosa que serve de suporte para a existência. Essa presença está em todos os lugares. Se um lugar existe, essa presença está lá, atuando por detrás desse lugar. E se houver um lugar onde ela não está, tal lugar não existe. assim, olhe para o fenômeno do seu entendimento; ele existe... você é capaz de ver, analisar, aprender, assimilar e compreender... tudo isso é um fenômeno que ocorre em você. Ele existe. Assim, olhe para esse fenômeno e responda: se o seu entendimento existe, então o que há por trás dele? E o que dá suporte à existência do seu entendimento? Ele não existe por si só. Ele precisa de algo maior que o apoie... do contrário, ele seria o apoio e também seria impossível vê-lo. Algo precisa permanecer por de trás... algo Primeiro. Isso é o Tao; isso é Deus; isso é o Ser... ou, então, qualquer outro nome que você preferir chamá-lo.
                  O Tao é incompreensível; ele também é inexpressível. Ele existe e está aqui, bem agora. Aqueles que O conhecem não conseguem expô-lo. O Tao é um, mas no momento em que ele se torna manifesto, precisa se tornar dois. A manifestação precisa ser dual, precisa se dividir em duas. E no momento que alguém abre a boca para proferí-Lo, essa pessoa transporta o Tao do reino não-manifesto para o campo das palavras. Assim, o que quer que seja dito perde todo o sentido.

                  Ninguém pode falar, verdadeiramente, sobre a verdade. Ninguém pode falar sobre o Tao, nem sobre o Zen, nem sobre Deus, a iluminação ou o êxtase. Se isso fosse possível, você já estaria em êxtase simplesmente ao ler estas poucas linhas. Por mais que se fale a respeito do Tao, ele não pode ser dito... algo sempre permanecerá por trás. E não há nada que permaneça por detrás dele, porque somente o Tao existe por si mesmo, eis tudo.

                 Isto que permanece por detrás de tudo é a verdade. A verdade nunca surge na existência, nem nunca desaparece da existência. Ela nunca vem, nem nunca vai. Ela permanece, sempre. Ela está no começo e no final... e, no entanto o começo e o final não estão em lugar algum. Tudo isso porque a verdade simplesmente É.
E tudo o que provém do Tao também é um mistério. A existência, em sua forma não-manifesta, é um mistério e jamais poderá ser conhecida. E a existência em sua forma manifesta também é um grande mistério. Se você olhar atentamente para uma árvore, você perceberá que a árvore não é uma árvore. O que é a árvore, então? Ela é um mistério. A palavra "árvore" é apenas um nome, de modo que a árvore jamais deixará de ser o que ela é se ela o perder. Dê à arvore o nome que você quiser, ou então lhe retire todos os nomes... e ela estará lá, sendo o que quer que ela seja. Assim, uma árvore não é uma árvore... uma rosa não é uma rosa. Toda a existência é um mistério.

                 O não-manifesto dá origem ao manifesto... e o manifesto completa o não-manifesto. Ambos não são contraditórios, eles são complementares... cada um exercendo a sua influência sobre o outro.
Este capítulo do Tao Te Ching ensina uma excelente forma de meditação: Olhe atentamente para essa existência! Ela não pode existir sozinha, por conta própria. Algo Maior tem de estar atuando por detrás dela. É na vastidão infinita do não-existir que a existência se apóia. O não-manifesto está influenciando a existência manifesta. É isso que Lao Tzu diz: "olhe para a existência e sinta a não-existência por detrás dela. E a seguir faça o caminho inverso, olhe para a não-existência e veja a relação que ela tem com a existência."

                 Com uma persistente repetição dessa meditação, você estará olhando para os dois lados. E chegará um momento que, de tanto olhar para esses lados contrários, você conseguirá perceber o ponto onde a existência e a não existência se fundem: exatamente no centro. O centro é a fonte de onde flui o ser e o não-ser. Esse ponto é a porta. Neste ponto está o Tao. Esse ponto nulo é todo o significado da espiritualidade, é toda a espiritualidade. É ali que mora Deus.

                 Tudo é UM e só há este UM. A palavra "Universo" representa exatamente esta idéia: A de que, na existência, só há uma única coisa... um único VERSO. A Vida constitui um único verso; não há doi versos, mas apenas um. Além dele, nada mais há. A dualidade é uma tremenda ilusão e pode ser transcendida. E quando você alcança a transcendência as polaridades opostas revelam-se como complementares e fundem-se em algo que não pode ser nominado. Se só há UM, então quem é o outro que vai estar lá para nominá-lo? Se o Universo é apenas UM, então quem mais vai estar lá para observá-lo ou analisá-lo? É impossível investigá-lo. É como se, sem a ajuda de um espelho, você tentasse olhar para seus próprios olhos... impossível.

                 O Universo é insondável. E se você o estiver sondando... é por que você ainda está na dualidade; você ainda permanece na ilusão de que você é o sujeito que está observando a Vida como um objeto. Se quiser conhecer realmente o Universo, precisa se esforçar para se tornar uno com ele. A gota de água que você é precisa cair e se dissolver no imenso oceano que o Universo é.

                 Conhecer a Deus é possível; mas é um acontecimento tão supremo que, mesmo quando você O conhece, ele permanece desconhecido. Há um belo comentário de Osho, falando que:

                 "Mesmo quando você conhecer Deus, você não será capaz de acreditar que O conheceu. Isso é o que eu quero dizer quando digo que Deus é um mistério. Desconhecido, Ele permanece incognoscível. Conhecido, Ele também permanece incognoscível. Sem ser visto, Ele é um mistério.Visto, Ele se torna um mistério ainda maior.Ele não é um problema que você possa resolver. Ele é maior do que você. Você pode dissolver-se nele, você não pode resolvê-lo". (OSHO)

                  Sim, você não pode resolver o quebra-cabeça que Deus é. Você é menor do que a Realidade, ou a Realidade é menor do que você?
                  Essa pergunta é de grande importância, porque, se você pudesse resolvê-lo, se você pudesse compreendê-lo, então você seria maior do que Ele. E não é assim que é. Por que, então, não aceitar as coisas como são? Paradoxalmente, quando você O aceita, você o conhece.

- o Ψ o –


O QUE É ESPIRITISMO



O ESPIRITISMO
Carlos Antonio Fragoso Guimarães

ETIMOLOGIA. - A palavra Espiritismo - em inglês Spiritism; Spiritisme em francês - se origina do substantivo espírito, que, por sua vez, advém do vocábulo latino Spiritus, cujo signficado seria o de princípio vital, ou seja, sopro vital, essência anímica, espírito.

O termo espiritismo foi usado amplamente a partir do século passado para designar um corpo de doutrina (ou um conjunto de princípios teóricos de cunho lógico), baseado em observações empíricas, dados e conclusões que postulam a sobrevivência do espírito humano à morte do corpo físico, concepção esta, porém, já encontrada na filosofia grega, em especial em Pitágoras, Platão e Plotino, assim como no Cristianismo e no pensamento da Filosofia Oriental.

Características.- Por seu postulado básico de que o homem é formado de algo mais que a mera matéria física, o Espiritismo é uma escola espiritualista. Mas enquanto existem várias escolas espiritualistas - e nem todas acreditam na sobrevivência da individualidade após a morte, embora acreditem que o homem seja formado com algo mais que a mera matéria -, o espiritismo possui algunas caracterísiticas distintivas, entre elas, a da idéia da sobrevivência da individualidade humana, chamada espírito, ao processo da morte biológica, mantendo suas faculdades psicológicas intelectuais e morais.
               
Esta doutrina foi elaborada - em suas linhas mais conhecidas - na Europa, particularmente na França, a partir de um conjunto de observações recolhidas por inúmeros pesquisadores independentes, sendo codificada ( ou seja, tendo seus principais pontos característicos sido sistematizados a partir de material recolhido sobre os fenômenos espíritas) pelo educador francês Hippolite Léon Denizard Rivail, sob o pseudônimo de Allan Kardec. Portanto, em seu início, o espiritismo tinha um forte caráter empírico dedutivo, o que atraiu a atenção de vários cientistas famosos, como veremos mais adiante.

Posteriormente, à medida que se difundia e se popularizava, esta doutrina passou a receber o impacto cultural e tradicional dos países em que adentrava, vindo a apresentar, além de suas caraterísticas empíricas com desdobramentos filosóficos, igualmente, uma característica religiosa. Esta última acabaria por se destacar mais em vários países, principalmente no Brasil. Esta característica era, porém, estranha ao movimento em outras culturas, como a Inglaterra e a Alemanha, por exemplo. O próprio Allan Kardec enfatizou em seus escritos (O que é o Espiritismo, O Livro dos Espíritos e em alguns artigos da Revue Spirite) que o espiritismo - por se basear em observações e deduções pela comparação do material de comunicações espíritas - era um doutrina científica e filosófica com conseqüências morais, devido ao alcance psicológico que possuia ao modificar a visão de mundo das pessoas que o adotavam, mas reconhecia que poderia haver uma fase religiosa no movimento, que deveria ser, porém, passageira (Kardec, Revue Spirite, 1963, pp. 377-379).

Talvez o problema do espiritismo enquanto religião seja causado pela confusão entre os conceitos de religião e de religiosidade, uma, expressando um conjunto de regras e comportamentos esteriotipados que se ligam às instituições religiosas hieraquizadas e tradicionais, e a outra, expressando um sentimento individual que é independente de se estar ou não vinculado a um movimento religioso. Como no espiritismo em sua essência não encontramos altares, sacerdotes, pastores ou rituais, não se pode designar o espiritismo como uma religião - pelo menos não no sentido convencional do termo -, a não ser em se admitindo um dos significados originais do termo religião, que seria o de religar o homem ao aspecto transcendente do universo, ou a Deus. Allan Kardec, baseado nas comunicações espirituais que recebia, chegou mesmo a colocar que o Cristianismo - que paira acima das Igrejas tradicionais, que são vertentes interpretativas da mensagem do Cristo, mas válidas todas, no sentido de estimular o homem à reflexão espiritual - já era, pela profundidade de sua mensagem, suficiente para apontar os caminhos morais da humanidade, sendo os espíritas, portanto, cristãos que deveriam possuir uma visão de mundo independente do que foi implantado na mensagem de amor do Cristo pelos dogmas dos credos estabelecidos, cultivando uma visão humanista e espiritual que amadureceria e se desenvolveria sempre mais a partir da razão e da reflexão íntima de cada um.

A doutrina espírita está baseada em alguns pontos ou princípios fundamentais, tais como:
- Existência de uma Causa Primária ou Potência Primária, extremamente poderosa, origem e fundamento da existência de tudo o que há no universo, qualquer que seja o nome que lhe seja dada; Inteligência Suprema que escapa a qualquer tentativa humana de definição precisa (qualquer definição é apenas aproximada, projetiva e imperfeita, atendendo à necessidade de abstração e busca de compreensão humanas); Deus, enfim (o Motor Imóvel de Aristóteles);
- Existência de um Princípio inteligente, imaterial, dotado de personalidade, criado por Deus e cujas individualidades povoam o universo e que está sujeito às leias da evolução. De natureza espiritual, está, contudo, intimamente ligado ao mundo material, mas é independente e sobrevivente a este; é o espírito propriamente dito;
- Aperfeiçoamento progressivo e interrelacional dos espíritos e, por conseguinte, das diversas espécies de seres da natureza, através de experiências sucessivas e, idealmente, progressivas em níves de complexidade orgânico-intelectual crescente, de acordo com o grau de aperfeiçoamente atingido por cada espírito, assumindo-se responsabilidades causais à medida que cresce seu grau de autoconsciência, e a responsabilidade de escolhas advinda do lívre-arbítrio conquistado, e que se expressam nos eventos mais significativos de sua existência corpórea, tendências e gostos;
- Pluraridade dos mundos habitados, ou de vários planos de existência, possibilitando o desenvolvimento integral das aptidões e capacidades do espírito;
- Possibilidade de comunicação entre os homens "vivos" e os homens "mortos", através de uma aptidão mais ou menos específica, chamada de mediunidade.

Este conjunto de princípios estabelece, por conseqüência lógica, uma filosofia de vida baseada numa visão de mundo que é bem característica dos que se professam espíritas, especialmente no que diz respeito à responsabilidade pessoal pelo próprio comportamento ético e intelectual.

Esta filosofia acaba por delinear, na vivência prática, uma estrutura moral e uma ética coerente muito próxima da visão de mundo que a Ecologia Profunda de nossos dias vem construindo: a responsabilidade pessoal e coletiva para o aperfeiçoamento pessoal e do próximo; o reconhecimento do próximo como seu semelhante e, portanto, de sua aceitação mesmo em suas diferenças; o reconhecimento da responsabilidade pelas próprias atitudes conscientes frente às pessoas e à natureza; a forte ligação afetiva e cármica, que se constrói pelos séculos, e que ligam pessoas e povos. Todos estes princípio se encontram mais ou menos explicitados na filosofia e no Cristianismo.

Existem, também, outros preceitos filosóficos mais amplos, com muito em comum com os das grandes tradições espirituais universais, como o Budismo, o Hinduísmo, Druidismo e o Taoísmo, por exemplo. Do mesmo modo, a visão filosófica da doutrina é concorde com as idéas de Platão, Plotino, Orígenes e muitos outros filósofos. Entre elas está o da existência de espíritos mais aperfeiçoados, que são geralmente considerados bons espíritos, e a existência de espíritos ainda imperfeitos ou atrasados na escala evolutiva, apresentando, alguns, uma tendência à malícia e à maldade, e que, portanto, podem ser classificados relativamente como maus espíritos (uma condição temporária), da mesma forma como existem espíritos que atingiram níveis mais elevados no campo moral e intelectual, como nas sociedades humanas existem pessoa das mais variadas índoles e de diferentes qualidades e vícios. Sendo assim, por exemplo, o Cristo é considerado um espírito de extraordinário desenvolvimento espiritual, ou um espírito puro.

Deste ponto de vista, entende-se a forte ênfase dada pelos espíritas à instrução e à prática da caridade e da tolerância às diferenças humanas, pois, cedo ou tarde, todos ( não necessariamente os espíritas, em primeiro lugar, pois tudo depende unicamente do esforço pessoal em se melhorar ) atingirão graus mais elevados de desenvolvimento intelecutal e moral.


           Histórico - O espiritismo, tal como se entende hoje em dia como moderno espiritismo, teve suas sementes germinadas a partir de alguns fenômenos inexplicados que começaram a pipocar na América e na Europa em fins da primeira metade do século XIX. Geralmente os fenômenos de tipitologia (pancadas sem uma causa visível definida) e efeitos físicos ocorridos na cidadezinha de Hydesville, E.U.A, em 1848, são apresentados como o marco histórico inicial do desenvolvimento espírita contemporâneio.

Porém, várias outras localidades passaram a relatar estranhos fenômenos de pancadas misteriosas e movimento de objetos que passaram a chamar a atenção das pessoas. Concomitantemente, surgiram outras manifestações de efeitos físicos por todo o mundo, dentre elas o chamado fenômeno das mesas girantes, que passou a ser explorado até mesmo em salões da sociedade.

O que de início foi encarado como leve diversão de salão, causado por forças físicas ainda inexplicáveis, chamou a atenção de alguns pesquisadores pela surpreendente manifestações de respostas "inteligentes" dadas pelas mesas às perguntas formuladas pelos participantes. Dentre estes pesquisadores, o professor francês Hippolite Léon Denizard Rivail (1804-1869) foi quem mais longe levou o estudo dos fenômenos, do que resultou a publicação de um livro de importância capital: O Livro dos Espíritos, que veio à luz em 1857, tendo o seu autor utilizado o pseudônimo de Allan Kardec. A partir daí, vários estudiosos e cientístas de renome se voltaram para o estudo do espiritismo, tendo, muitos, reconhecido publicamente a autenticidade e relevância dos fenômenos espíritas.

Dentre os mais famosos cientistas que estudaram o espiritismo, destacam-se:
Na Inglaterra, o biólogo Alfred Russel Wallace (1823-1913), o físico William Crookes (1832-1919), o fundador da Society for Psychical Research, William Henry Myers (1843-1901) e o físico Oliver Lodge (1851-1940);
Na França, grandes filósofos como Léon Denis (1846-1927) e o grande astrônomo Camille Flammarion (1842-1925), entre inúmeros outros, defendiam corajosa e abertamente o espiritismo, e o fisiólogo Charles Richet (1850-1935) se debruçou a tal ponto sobre o estudo dos fenômenos espíritas que acabou por formar uma área de estudos chamada de Metapísiquica Humana que, posteriormente, serviria de alicerce para o que hoje se chama de Parapsicologia.
Na itália, destacam-se os nomes do criminólogo Césare Lombroso (1836-1909), do astrônomo Giovanni Schiaparelli (1835-1910) e, principalmente, do incansável e profícuo pesquisador Ernesto Bozzano (1861-1943), autor de livros extraordinários sobre Metapsíquica e Parapsicologia;
Na Alemanha, destacam-se os nomes de Karl Friedrich Zöllner (1834-1882) e do médico Alfred von Schrenck-Notzing (1832-1903), junto com o russo Alexandre Nikolaievitch Aksakov (1832-1903).
Na Suíça, os fenômenos atraíram a atenção do jovem estudante Carl Gustav Jung (1875-1969), que os utilizou em sua tese de doutoramento em medicina, e que manteve seu interesse sobre fenômenos psíquicos por toda a vida; e,          Na América, outro ilustre psicólogo, e filósofo, William James (1842-1910) escreveu e discutiu extensivamente sobro o tema.

Em nosso século, particularmente na segunda metade, o espiritismo tem recebido, mesmo involuntariamente, profundas contribuições da ciência e de áreas sem vínculos com o espiritismo, como a Psicologia, especialmente a Psicologia Transpessoal, e de áreas de vanguarda como a Física Quântica, Neuropsiquiatria, e, na tecnologia, com as pesquisas em Psicotrônica e em Transcomunicação Instrumental, que é a captação e o registro de imagens e sons de espíritos - salientando-se que esta área está sendo desenvolvida por engenheiros eletrônicos, cientistas e técnicos sem nenhum ou com muito pouco contato com o espiritismo, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos.

De um modo geral, os fenômenos que comumente se caracterizam como espíritas - comunicação entre "vivos e mortos"; manifestações de poltergeists; curas pesirituais; lembrança de vidas passadas, etc - são reconhecidamente encontrados em várias partes e culturas do globo ( xamanismo, estados alterados de consciência, etc).
Em nossa tradição judáico-cristã existem inúmeros exemplos, sendo o mais antigo, provavelmente, encontrado no Antigo Testamento, com o relato da visita de Saul à pitonisa (ou médium, como é encontrado em algumas vesões da Bíblia) de En-Dor, que lhe possibilitou contactar com o espírito do profeta Samuel (1 Sam 28,7-19).

A história dos grandes místicos e santos católicos também é repleta de "aparições" e "vozes" que se faziam ouvir a pessoas especialmente dotadas (Joana D'Arc, Hildegard von Bingen, etc.) Isso sem falarmos nas aparições póstumas de Cristo aos discípulos nos quarenta dias após a cruxificação, onde seu espírito materializado aparecia e desaparecia de repente:
"Finalmente, apareceu Jesus aos onze, quando estavam à mesa..." (Marcos, 16,14);
"E aconteceu que, quando estavam à mesa, ele tomou o pão, abençoou-o e, tendo-o partido, lhes deu; então, se lhes abriram os olhos, e o reconehceram; mas ele desapareceu da presença deles". (Lucas, 24, 31-32);

"Falavam ainda estas coisas quando Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: Paz seja convosco!" (Lucas, 24, 36).

"Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando trancada as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: Paz seja convosco!" (João, 20, 19)

A argumentação "teológica" de que não existe comunicação entre espíritos e homens, formulada por alguns, por esta ser proibida em Deuteronômio 18 indica mais um ponto em favor de sua veracidade, pois confundem a proibição da coisa com a coisa em si.

 Da mesma forma como as leis mosáicas proibiam outras coisas - devido ao grau de conscientização moral da época -, a proibição do contanto com os espíritos foi estabelecida exatamente por ser possível este contanto, o que traria muitos abusos. De qualquer forma, os Evangelhos narram o encontro de Cristo com dois mortos, Elias e o próprio Moisés, no episódio da Transfiguração a imagem de Cristo entre os dois espíritos está lá.

Atualmente, o espiritismo encontra-se espalhado por todo o mundo, embora tenha apresentado certo declínio na Europa depois das duas Grandes Guerras, tendo, recentemente, voltado a crescer.

 No Brasil, o movimento espírita apresenta expressivo número de participantes, sem contar os simpatizantes, e tem como orientadora a Federação Espírita Brasileira, e nomes de peso em suas fileiras, entre os quais o do grande médium, mudialmente reconhecido e respeitado, Francisco Cândido Xavier; do Professor e fundador do Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas, Dr. Hernani Guimarães Andrade, respeitadíssimo engenheiro e parapsicólogo, escritor e pesquisador internacionalmente citado, verdadeiramente reconhecido por ser dententor de inúmeros prêmios na área da Psicobiofísica, inventor de aparelhos eletrônicos para a mediação de fenômenos psíquicos e autor e co-autor de inúmeros artigos sobre parapsicologia e espiritismo publicados em todo o mundo; do grande tribuno Divaldo Pereira Franco; do pesquisador e divulgador do Espiritismo Científico, Henrique Rodrigues - ganhador de prêmios em parapsicologia na Rússia e em outros países; do parapsicólogo e transcomunicador Clóvis Nunes, do saudoso comunicólogo Augusto César Vannuci, dentre inúmeros outros.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Enciclopédia Britannica-Mirador Verbete: Espiritismo,1991.
Andrade, Hernani Guimarães. Morte, Reanscimento, Evolução. Editora Cultrix/Pensamento, São Paulo, 1987.
Andrade, Hernani Guimarães. Espírito, Perispírito e Alma. Editora Cultrix/Pensamento, São Paulo, 1988.
Bozzano, Ernesto. Povos Primitivos e Manifestações Supranormais. Editora Fe, São Paulo, 1997.
Doyle, Sir Arthur Conan. História do Espiritismo, Editora Pensamento, São Paulo, 1994.
Kardec, Allan O que é o Espiritismo. FEB, São Paulo, 1986.
Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos. FEB, São Paulo, 1997.
Nunes, Clóvis. Transcomunicação. Editora Edicel, Sobradinho, DF, 1998.
Rodrigues, Henrique. A Ciência do Espírito. Editora O Clarim, Matão, 1992.
Walsh, Roger & Vaughan, Sara (orgs.) Além do Ego: Dimensões Transpessoais em Psicologia. Editora Cultrix, São Paulo, 1992.
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O QUE É O EVANGELISMO


Evangelização
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EVANGELISMO ou Evangelização é a pregação do Evangelho Cristão (a mensagem cristã) e, por extensão, qualquer forma de pregação e proselitismo, com fins de adquirir adeptos, produzir conversão ou mudanças de hábitos, crenças e valores.

A palavra evangelista provém da palavra do grego koiné (tipo de dialecto grego, popular, usado no Novo Testamento εάγγελος ("eu-angelos"), que significa "boas novas" ou "boas notícias" e refere-se directamente aos quatro evangelhos do Novo Testamento (existem outros, contudo. esses são apócrifos). Assim, os evangelistas são os autores dos evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João.

Considera-se, contudo, que a evangelização, no sentido do cristianismo, tenha tido início com o próprio ministério de Jesus Cristo que, ao escolher os seus doze discípulos, os preparou para espalhar a sua mensagem religiosa.

Conceituação

No cristianismo, Evangelismo é o sistema, baseado em princípios e métodos apresentados no Novo Testamento, pelo qual se comunica o Evangelho de Cristo a (todo) pecador sob a liderança e poder do Espírito Santo. A mensagem do Evangelho e a persuasão do Espírito Santo faz com que o pecador aceite Cristo como seu Salvador Pessoal e se torne também um seguidor (discípulo) de Cristo.

O discípulo, por ação do Espírito Santo, deve divulgar o Evangelho e aguardar a volta de Cristo em comunhão com uma igreja através do batismo e da celebração da Santa Ceia.

As várias maneiras de se evangelizar formam um sistema chamado Evangelismo. A partícula -ismo denota um sistema muito bem preparado, que está subentendido pelo texto de 1 Timóteo 2.15.

O Evangelismo, em função de sua complexidade, é a arte de fazer discípulos. A mesma coisa, portanto, que discipulado (Mateus 28.19, 20).

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O QUE É CATÓLICISMO



CATOLICISMO
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CATOLICISMO (do grego καθολικος, translit.: katholikos; com o significado de "geral" ou "universal") é um termo amplo para o corpo da fé católica, a sua teologia, doutrinas, liturgia, príncipios éticos, e características comportamentais, bem como um povo religioso como um todo.[1] O termo catolicismo é "usado geralmente para uma experiência específica do cristianismo compartilhada por cristãos que vivem em comunhão com a Igreja de Roma." [2] Muitos dos principais credos (definições de semelhantes a preces) cristãos, nomeadamente o Credo dos Apóstolos e o Credo Niceno, utilizam este termo.
No seu sentido mais estreito, o termo é usado para referir-se à Igreja Católica Romana, formada por 23 igrejas sui iuris que estão em comunhão total com o Papa, e possui mais de um bilhão de fiéis [3] (ou seja, mais de um sexto da população mundial [4] e mais da metade de todos os cristãos [5]). As suas características distintivas são a aceitação da autoridade e primado do Papa, o Bispo de Roma. No entanto, outras igrejas também afirmam ser "católicas", como a ortodoxa, e as igrejas não-calcedonianas, a Igreja Assíria do Oriente, a Velha Igreja Católica e as igrejas da Comunhão Anglicana. [6]         Existem ainda as igrejas nacionais, principalmente no continente americano, do Norte, Central e Sul, que não estão vinculadas à Roma, são em sua maioria descendentes da Igreja Católica Apostólica Brasileira, uma dissidência da Igreja de Roma surgida em 1945 e que hoje está presente em muitos países, inclusive na Ásia e África.

HISTÓRIA DO CATOLICISMO
A palavra Igreja Católica ou catolicismo para referir-se à Igreja Universal é utilizada desde o século I, alguns historiadores sugerem que os próprios apóstolos poderiam ter utilizado o termo para descrever a Igreja.[7] Registros escritos da utilização do termo constam nas cartas de Inácio,[8] Bispo de Antioquia, discípulo do apóstolo João, que provavelmente foi ordenado pelo próprio Pedro.[7]
Em diversas situações nos primeiros três séculos do cristianismo, o Bispo de Roma,[9] considerado sucessor do Apóstolo Pedro, interveio em outras comunidades para ajudar a resolver conflitos,[10] tais como fizeram o Papa Clemente I, Vitor I e Calixto I. Nos três primeiros séculos a Igreja foi organizada sob três patriarcas, os bispos de Antioquia, de jurisdição sobre a Síria e posteriormente estendeu seu domínio sobre a Ásia Menor e a Grécia, Alexandria, de jurisdição sobre o Egito, e Roma, de jurisdição sobre o Ocidente.[11] Posteriormente os bispos de Constantinopla e Jerusalém foram adicionados aos patriarcas por razões administrativas.[11] O Primeiro Concílio de Niceia em 325, considera o Bispo de Roma como o "primus" (primeiro) entre os patriarcas, afirmando em seus quarto, quinto e sexto cânones que está "seguindo a tradição antiquíssima" [12], embora muitos interpretem esse título como o "primus inter pares" (primeiro entre iguais). Considerava-se que Roma possuía uma autoridade especial devido à sua ligação com São Pedro.[13]
Uma série de dificuldades complexas (disputas doutrinárias, Concílios disputados, a evolução de ritos separados e se a posição do Papa de Roma era ou não de real autoridade ou apenas de respeito) levaram à divisão em 1054 que dividiu a Igreja entre a Igreja Católica no Ocidente e a Igreja Ortodoxa no Leste (Grécia, Rússia e muitas das terras eslavas, Anatólia, Síria, Egipto, etc.). A esta divisão chama-se o Cisma do Oriente.
A grande divisão seguinte da Igreja Católica ocorreu no século XVI com a Reforma Protestante, durante a qual se formaram muitas das igrejas Protestantes.

MUNDO CATÓLICO
                No cristianismo ocidental, as principais fés a se considerarem "Católicas", para além da Igreja Católica Romana, são a a Velha Igreja Católica, a Igreja Católica Liberal, a Associação Patriótica Católica Chinesa, as Igrejas católicas brasileiras dissidentes e alguns elementos anglicanos (os "Anglicanos da Alta Igreja", ou os "anglo-católicos"). Estes grupos têm crenças e praticam rituais religiosos semelhantes aos do catolicismo romano, mas diferem substancialmente destes no que diz respeito ao estatuto, poder e influência do Bispo de Roma.
As Igrejas não-calcedonianas e ortodoxas pensam em si próprias como Igrejas Católicas no sentido de serem a Igreja universal. A Igreja Católica e as Igrejas ortodoxas acusavam-se mutuamente de cismáticas e heréticas (veja Grande Cisma), embora recentemente devido à esforços ecumênicos estas acusações e excomunhões tenham sido retiradas e tenha se chegado a uma aceitação básica das prerrogativas do papa.[14] Os Patriarcas ortodoxos são hierarcas autocéfalos, o que significa, grosso-modo, que cada um deles é independente da supervisão directa de outro bispo (embora ainda estejam sujeitos ao todo do seu sínodo de bispos). Não estão em comunhão plena com o Papa.
Mas, nem todas as Igrejas orientais estão fora da comunhão católica. Existem também os chamados Católicos de rito oriental, cuja liturgia e estrutura hierárquica se assemelham à dos Ortodoxos, e que também permitem a ordenação de homens casados, mas que reconhecem o Papa Romano como chefe da sua igreja. Estes católicos orientais formam as chamadas Igrejas Orientais Católicas sui juris.
Alguns grupos chamam a si próprios católicos, mas esse qualificativo é questionável: por exemplo, a Igreja Católica Liberal, que se originou como uma dissensão da Velha Igreja Católica mas que incorporou tanta teosofia na sua doutrina que já pouco tem em comum com o catolicismo romano.

DENOMINAÇÃO  CATÓLICA
A principal denominação Católica é denominada no idioma inglês e português de "Igreja Católica Romana" ou "Igreja Católica Apostólica Romana", tal nome provém das quatro características da Igreja, a Unidade, a Santidade, a Catolicidade, e a Apostolicidade[15] (a Romanidade está inclusa na última). Não obstante, em seus documentos oficiais para referir-se a Igreja apenas o termo "Católica" é utilizado. O termo "catolicismo romano" tem origem recente, passou a ser usada no idioma inglês apenas no século XVI [16], sendo utilizado normalmente em outros línguas a partir do século XIX.

DOUTRINAS DISTINTIVAS

A doutrina oficial da Igreja Católica é o conjunto de crenças oficiais professadas pela Igreja Católica acerca de diversos aspectos relativos a Deus, ao homem e ao mundo. Segundo a Igreja, essas verdades foram sendo reveladas por Deus através dos tempos (nomeadamente ao longo do Antigo Testamento), atingindo a sua plenitude em Jesus Cristo, considerado pelos católicos e cristãos como o Filho de Deus, o Messias e o Salvador do mundo e da humanidade. Mas, a definição e compreensão dessa doutrina é progressiva, necessitando por isso do constante estudo e reflexão da Teologia, mas sempre fiel à Revelação divina e orientada pelo Magistério da Igreja Católica. A doutrina Católica está expressa e resumida no Credo dos Apóstolos, no Credo Niceno-Constantinopolitano e, actualmente, no Catecismo da Igreja Católica e no seu Compêndio.
Com estes estudos teológicos todos, a Igreja vai-se gradualmente instituindo os seus dogmas, que é a base da doutrina oficial, sendo o último dogma (o da Assunção da Virgem Maria) proclamado solenemente apenas em 1950. Para os católicos, um dos dogmas mais importantes é o da Santíssima Trindade, que, não violando o monoteísmo, professa que Deus é simultaneamente uno (porque, em essência, só existe um Deus) e trino (porque está pessoalizado em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, que se estabelecem entre si uma comunhão perfeita). Estas 3 Pessoas eternas, apesar de possuírem a mesma natureza, "são realmente distintas". Logo, muitas vezes, certas actividades e atributos divinos são mais reconhecidas (mas não exclusivamente realizadas) em uma Pessoa do que em outra. Como por exemplo, a criação divina do mundo está mais associado a Deus Pai; a salvação do mundo a Jesus, Filho de Deus; e a protecção, guia, purificação e santificação da Igreja ao Espírito Santo.[17]
A doutrina professa também a divindade de Jesus, que seria a segunda pessoa da Trindade, e que a nossa salvação deve-se, para além da graça divina, ao Seu supremo e voluntário Sacrifício e Paixão na cruz. Este tão grande sacrifício deveu-se à vontade e ao infinito amor de Deus, que quis salvar toda a humanidade. Além disso, é também fundamental para a salvação a adesão livre do crente à em Jesus Cristo e aos Seus ensinamentos, porque a nossa liberdade, como um dom divino, é respeitado por Deus, o nosso Criador. Esta fé leva à conversão das pessoas e à prática das boas obras (que nos afastam do pecado e nos ajudam a crescer na caridade), nomeadamente o acto de amar a Deus acima de todas as coisas (Mt 22,37) e também o de amar ao próximo como a si mesmo (Mt 22,39). Estes dois actos virtuosos, juntamente com o acto de amar uns aos outros como Jesus nos ama (Jo 15,10), são justamente os mandamentos de Amor que Jesus deu aos seus discípulos e à humanidade. Estes mandamentos radicais constituem o resumo de "toda a Lei e os Profetas" do Antigo Testamento (Mt 22,40).[18]
Nas suas muitas pregações, Jesus Cristo ensinou, para além dos seus mandamentos de Amor, as bem-aventuranças e insistiu sempre «que o Reino de Deus está próximo» (Mt 10,7) e que Deus estava preparando a Terra para um novo estado de coisas. Anunciou também que quem quisesse fazer parte do Reino de Deus teria de nascer de novo, de se arrepender dos seus pecados, de se converter e purificar. Jesus ensinava também que o poder, a graça e a misericórdia de Deus era maior que o pecado e todas as forças do mal, insistindo por isso que o arrependimento sincero dos pecados e a em Deus podem salvar os homens.[19] Este misterioso Reino de Deus, que só se irá realizar-se na sua plenitude no fim do mundo, está já presente na Terra através da Igreja, que é o seu semente. A Igreja ensina que neste Reino, o Mal será inexistente e os homens salvos e justos, após a ressurreição dos mortos e o fim do mundo, passarão a viver eternamente em Deus, com Deus e junto de Deus.
Mais concretamente, a em Cristo (e em Deus) inclui a adesão do crente à doutrina por Ele revelada e transmitida pela Igreja, bem como ao conjunto de regras de vida propostas por essa mesma Igreja. Os católicos professam que a Igreja é o Corpus Mysticum, onde Cristo seria a Cabeça e eles (os fiéis) membros deste corpo único, inquebrável e divino. Este Corpo místico tem por função reunir toda a humanidade para o seu caminho de santificação, que tem o seu fim na vida eterna, na realização final do Reino de Deus e no alcance da santidade. A Igreja ensina também que os cristãos não-católicos também pertencem, apesar de um modo imperfeito, ao Corpo Místico, visto que tornaram-se uma parte inseparável Dele através do Baptismo.
Divergências com as outras Igrejas cristãs
Os pontos de vista católicos diferem dos ortodoxos em alguns pontos, incluindo a natureza do Ministério de S. Pedro (o Papado), a natureza da Trindade e o modo como ela deve ser expressa no Credo Niceno-Constantinopolitano, e o entendimento da salvação e do arrependimento. Os católicos divergem dos protestantes em vários pontos, incluindo a necessidade da penitência, o significado da comunhão, a composição do Cânone das Escrituras, a veneração de santos, o purgatório e o modo como se atinge a salvação:
Os protestantes acreditam que a salvação se atinge apenas através da fé e arrependimento, ao passo que os católicos acreditavam que a salvação também vinha por boas obras. Esta divergência levou a um conflito sobre a doutrina da justificação (na Reforma ensinava-se que "nós justificamos apenas pela fé"). O diálogo ecuménico moderno levou a alguns consensos sobre a doutrina da justificação entre os católicos e os luteranos, anglicanos e outros.
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