Universalismo

Universalismo

U N I V E R S A L I S MO CONSCIENCIAL, a Nova Era em Ação

TODOS SOMOS UM
Universalmente,
todos nós, somos UM, cada qual dependente e ligado ao outro por um laço que nos
torna verdadeiros irmãos, simplesmente porque aquilo que tenho e aquilo que
posso produzir ou fazer não é somente para mim, mas para benefícios dos outros,
do próximo.
Por
conseguinte, a sua existência depende de meus esforços e a minha dos seus e
ambos dependemos daquilo que todos os outros fazem.
Assim, compreendemos que sem a existência de outros
torna-se difícil a sobrevivência porque a nossa decantada “ individualidade” ou
“independência” não é real.
Cada um de nós é verdadeiramente o “guardião de seu
irmão”. Imagine quantas mentes, habilidades, profissões e empreendimentos são
necessários para nos suprir das utilidades materiais e facilidades da vida.
Olhe ao seu redor. A
cadeira que senta, o jornal que lê, a luz que está ao seu dispor, a madeira e
os outros materiais que constituem a casa que habita – tudo isso nos é
necessário e nos foi proporcionado pela contribuição dos outros e, a menos que
cada um de nós esteja contribuindo para aquilo que necessitam os OUTROS, nossas
vidas são inúteis e não estamos cumprindo o nosso dever.
Compreendendo a vida
dessa forma eliminamos nosso EU MATERIAL e pensamos somente na parte de nós
mesmo, A QUE PERTENCE A OUTROS.
Vejamos, pois, se
tenho excepcional habilidade para esculpir na madeira, essa habilidade pertence
a outros que dela necessitam. Se tenho talento incomum para projetar
maquinaria, esse talento pertence a outros e não se destina apenas a mim.
Aquilo que constitui
a melhor parte do Homem e aquilo que me faz “alguém” em minha própria
apreciação, é justamente o que não me pertence de modo algum, mas, sim a todos
os outros.
Destarte, chegaremos
a nos considerar, não como personalidades individuais, mas como partes
componentes da massa total da civilização humana; cada membro da mesma depende
dos outros naquilo que é necessário à sobrevivência.
Por isso é
importante esquecer o “EGO” materialista, deixando de pensar tão somente em si
mesmo, apenas como também pertencendo a todos. Então, passará a compreender os
problemas, as necessidades e os desejos de si e dos outros.

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................................ R E F L E X Ã O.....
...............................O P E N S A M E N T O.............
O Homem ou a mulher é o que pensa!
Se
você insiste em pensar no mal, na dor, na doença, você os atrairá para si.
Pense
na saúde, na alegria, na prosperidade e sua vida tomará novo rumo, mesmo diante
do que está passando.
Afirme
sempre que é feliz, que as dores tendem a diminuir e a sua saúde se consolida
cada vez mais, e a felicidade por fim bate a sua porta.
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OBS : NAVEGUE PELOS PORTAIS AO LADO E OBSERVE A
SUBLIMIDADE DE CONHECIMENTO QUE CADA FILOSOFIA OU RELIGIÃO OFERECE AO BUSCADOR
DA VERDADE.




sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

O QUE É A YOGA ?

YOGA – O QUE É?
            Essas quatro letras juntas significam muitas coisas. É muito mais do que as palavras podem dizer.
            O Yoga é uma visão peculiar sobre o ser humano e seu papel na ordem das coisas, bem como um caminho de autoanálise que pode ser colocado em prática, prescindindo de qualquer teoria ou crença. Um caminho que conduz o homem a compreender verdadeiramente a si mesmo.
            Todo mundo já ouviu dizer que Yoga significa em sânscrito união, mas Yoga igualmente significa trabalho, aplicação. Ou seja, Yoga seria o meio e o fim ao mesmo tempo. Jaideva Singh, no comentário do Vijñánabhairava (p. XIII), um antigo texto tántrico, afirma:
            A palavra Yoga é usada tanto no sentido de união (com o Divino) como no de veículo (upāya) para essa união. [...] Desafortunadamente, nenhuma palavra foi tão profanada nos tempo modernos como a palavra Yoga. Andar sobre o fogo, tomar ácido lisérgico, parar o batimento cardíaco, etc. se consideram Yoga, quando, a bem da verdade, não têm nada a ver com ele. Mesmo os poderes psíquicos [siddhis] não são Yoga. Yoga é consciência; transformação da consciência humana em consciência divina.
            Yoga também é liberdade. Libertar-se de condicionamentos e preconceitos, por exemplo. Está escrito na Bhagavadgītā: Yogaśkarmaśu kauśalam (Yoga é perfeição na ação). Essa é uma visão tão ampla como simples da prática: qualquer ato pode fazer-se como sādhana, contínuo e constante.
            deve tomada literalmente no sentido de fazer uma ação “perfeita” em seus detalhes (por essa conta, um hábil batedor de carteiras poderia ser considerado um yogi), mas em fazer as ações em harmonia com o bem comum e com o reconhecimento de que nosso privilégio é agir, e não tentar controlar ou escolher os resultados das ações.
            Noutras palavras, perfeição significa viver consciente. Pátañjali explica o mesmo com outras palavras: "Discernimento constante é o meio para destruir a ignorância." (Yogasūtra, II:26).
            Por outro lado, o Yoga não fica no plano das ideias nem se restringe unicamente a uma série de exercícios feitos na sala de prática. Com isso em mente, podemos dizer que praticar o Yoga é como participar de um jogo: conhecendo as regras, jogamos por amor, relaxados, para conviver e estar junto àqueles que amamos.
            Mesmo se você não tiver nenhuma experiência com Yoga, saiba que suas atividades diárias, como trabalhar, criar os filhos ou estudar, também podem ser encaradas como um sādhana. É por isso que o Yoga é um jogo, cuja única regra é permanecer totalmente consciente o tempo todo, de cada ato, a cada momento.
            Talvez você possa achar, como muita gente, que o Yoga é algo separado de si próprio ou do seu dia a dia. Algo que você faz, como ir às compras ou falar ao telefone. O Yoga é para ser vivido, de maneira atenta e equânime. Esse viver consciente, essa atentividade constante é a essência da prática e ao mesmo tempo o fruto do amadurecimento interior, que é um processo gradual.

            Por isso, não convém dizer "eu faço Yoga", pois, em verdade, você não faz Yoga. Ele já está feito! Você 'desliza' para o Yoga (união) em certos momentos, através das atitudes equânimes. Isso tem a ver com a sua existência, com o seu momento presente, com o ar que entra por suas narinas no mesmo instante em que você está aqui sentado lendo, pois o sādhana aponta para colocar a visão em prática. Se você não for usar o Yoga, para que vai querer estudá-lo? Isso equivaleria a contentar-se com ver uma foto da praia, ao invés de ir pessoalmente dar um mergulho nela.
            O Yoga é para todos. Não é apenas para pessoas sadias ou só para doentes. É para seres humanos, e não consiste em substituir o sistema de valores ou mitologias do mundo ocidental por outro exótico, não é escapismo ou uma resposta desesperada ao vazio que a sociedade oferece.
            A partir da definição que o sábio Patañjali dá no Yogasūtra, "Yoga é a supressão da [identificação com] as modificações da psiquê", vemos que a prática começa numa sede profunda de transcender os condicionamentos humanos; vemos a necessidade de tornar cósmico o homem, de desenvolver as suas potencialidades para conquistar a iluminação. O método através do qual o Yoga pretende atingir esse objetivo é a reflexão sobre si mesmo, aliado a práticas que possuem como único objetivo aniquilar os condicionamentos que nos escravizam.
            Os condicionamentos não nos deixam viver em paz e nos fazem repetir os mesmos erros, ano após ano, ad eternum. Para 'sair da roda do karma', ou seja, alcançar a liberdade verdadeira, o yogi precisa aniquilar um a um esses condicionamentos na sua própria fonte: o inconsciente, a parte 'escura' do ser.

            Dizem os shastras que o caminho do Yoga começa 'quando o homem consegue quebrar a prisão das suas misérias'. O Yoga parte da condição humana desamparada, nua e crua, e tem o mérito sem par na história do pensamento de descobrir o verdadeiro potencial do homem: o da sua espiritualidade. A vida espiritual sempre começa no conflito interior, na sede de transcendência. E, neste kaliyuga, a era dos conflitos, requer muita mais pureza de coração, coragem e determinação que em outro tempo qualquer.
            Precisamos quebrar o casulo da identificação com o ego para compreender quem somos. A Katha Upanishad diz que o Yoga é ao mesmo tempo dissolução e emergência, morte e renascimento (Yogah prabhāvapyayau). É preciso matar o apego às coisas do ego para vivermos livres. Os ensinamentos do Yoga são somente acessíveis através da praxis: o praticante deve pôr sob o jugo seu corpo e sua psique para compreender que já é a liberdade que está buscando.
            Múltiplo em suas diferentes correntes e manifestações, ele é sempre fiel a um modo de ver o homem e de servi-lo: após a severidade e paciência exigidas pela prática, sente-se a calidez da sua solicitude carinhosa por todos e respeito por todo o criado. Seu caminho é radical mas acessível e nos leva à conquista da liberdade.
(Contribuição anônima de um swami)

sábado, 12 de outubro de 2013

YOGANANDA


Paramahansa Yogananda
Mukunda Lal Ghosh
 
Paramahansa Yogananda em 1946
Nascimento
Morte
Escola/tradição

Paramahansa Yogananda (5 de janeiro de 1893 a 7 de março de 1952), foi um iogue e guru indiano. É considerado um dos maiores emissários da antiga filosofia da Índia para o Ocidente. Através da Self-Realization Fellowship (SRF), a organização que fundou ao chegar aos Estados Unidos, foi pioneiro ao promover a prática da meditação por meio das lições que os estudantes recebiam em casa, pelo correio, para cumprir a sua missão mundial de difundir as técnicas de Kriya Yoga. Paramahansa Yogananda teve sua singular história de vida imortalizada no best-seller Autobiografia de um Iogue.
Infância, juventude e busca espiritual
Conforme contado por seu irmão, Sananda Lal Ghosh,1 Paramahansa Yogananda nasceu com o nome Mukunda Lal Ghosh no dia 5 de Janeiro de 1893, na cidade de Gorakhpur, Índia, numa devota e abastada família Bengali. Desde os primeiros anos, sua consciência e experiências espirituais já eram reconhecidas por todos ao seu redor como muito além do comum, passando por lembranças de suas vidas passadas, brincadeiras em que voluntáriamente suspendia a vida do seu corpo deixando todos alarmados, à tentativas de fugas ao Himalaya, interrompidas por seus familiares.
A morte da mãe, à quem amava intensamente, foi comunicada a ele por uma aparição mística e intensificou sua busca pessoal por Deus. Ansiando encontrar um mestre iluminado para guiá-lo em sua busca espiritual, durante a juventude Yogananda procurou a presença de muitos sábios e santos da Índia que sempre lhe diziam para aguardar o momento certo, quando seu guru, apontado por Deus, surgiria.
Em 1910, com a idade de 17 anos, finalmente sua busca pelo mestre cessou diante do encontro com Swami Sri Yukteswar. Segundo suas próprias narrativas, foi no eremitério de Sri Yukteswar que passou a melhor parte do 10 anos seguintes, recebendo disciplina rígida, porém amorosa, enquanto adquiria sobejas experiências da realidade do espírito.2
Após formar-se na Universidade de Calcutá em 1915, ele fez os votos formais e entrou na Ordem monástica dos Swamis, ocasião em que recebeu o nome Yogananda (que significa bem-aventurança, ananda, através da união divina, yoga).3
Predestinado a uma Missão Mundial
Além do que é relatado na Autobiografia, de acordo com diversos livros de amigos e familiares, várias ocorrências invulgares desde o nascimento de Yogananda, já anunciavam que a ele era destinada uma missão mundial. A sua trajetória estava intimamente entrelaçada com a de tres seres, cuja sabedoria e singularidade, Yogananda viria exaltar ao mundo: Mahavatar Babaji, intitulado o Cristo Yogue da India Moderna e guru de Lahiri Mahasaya. Lahiri, guru de seus pais e de Swami Sri Yukteswar. E seu próprio mestre, Sri Yukteswar, que o preparou a pedido de Babaji para difundir a Kriya no Ocidente.
Concretizando a Missão Mundial
A Escola de Ranchi
Yogananda começou a missão de sua vida com a fundação, em 1917, de uma escola da "Arte do Viver" (Yogoda Satsanga Brahmacharya Vidyalaya em Ranchi) para meninos, na qual os modernos métodos educacionais eram combinados com treinamento em yoga e nos ideais espirituais, além de manter um serviço médico ao ar livre de ajuda medicinal e cirúrgica para atendimento à pobres de todas as regiões. Em uma visita à escola em 1925, Mahatma Gandhi escreveu no livro destinado aos visitantes: "Essa instituição deixou uma profunda impressão em minha mente".8 9
Ida para os Estados Unidos
Em 1920, foi convidado para participar como representante da Índia em um Congresso de líderes religiosos que aconteceu em Boston. Inseguro porque não falava bem o inglês, Yogananda perguntou a Sri Yukteswar se deveria ir.
"Todas as portas estão abertas para você. É agora ou nunca!"
Chegando à América, seu discurso com o tema "A Ciência da Religião", foi recebido com tanto entusiasmo que ele foi convidado a dar uma série de outras palestras em diversas cidades americanas.
Fundando a Self-Realization
Ainda em 1920, Yogananda fundou sua organização que chamou de Self-Realization Fellowship (Associação da Auto-Realização), destinada a representá-lo, disseminar seus ensinamentos e a filosofia do ioga para o mundo. Atraiu em torno de si discípulos que dedicaram-se ao monatério na SRF e desempenhariam importante papel no auxílio de seus ideais de difusão de Kriya Yoga. Nota: muitos desses primeiros discípulos permaneceram até o fim de suas vidas na Self-Realization Fellowship e alguns ainda são vivos e atuantes no Conselho da organização.10 11
Difusão dos ensinamentos
Pelos próximos anos Yogananda viajou extensivamente e fez inúmeras palestras para auditórios super lotados. O Los Angeles Times registrou: "O Philharmonic Auditorium apresentou uma lotação espetacular com milhares de pessoas, muitos ficaram de fora sem conseguir entrada já uma hora antes do início da palestra, com os 3 mil lugares do teatro cheios até o limite de sua capacidade".12 3
Em 1924, embarcou em uma viagem transcontinental que o levou até o Alasca, para divulgar sua mensagem e ao retornar estabeleceu a sede central da Self-Realization Fellowship em Los Angeles, que se tornou o centro espiritual e administrativo de seu trabalho até os dias de hoje.
Ensinamentos e Kriya Yoga
Yogananda ensinou a unidade da religiões e a reverência por todos os seres elevados que estiveram na Terra para resgatar a essência da divindade no homem. Ele declarava a necessidade da experiência direta da verdade em oposição à cega: "A verdadeira base da religião não é a fé, mas a experiência intuitiva. A intuição é a força da alma no conhecimento de Deus. Para conhecer profundamente a religião, é necessário conhecer Deus."21
Em ressonância ao tradicional ensinamento hindu, argumentava que todo o universo é um filme cósmico de Deus, e que os indivíduos são meros atores do drama divino, a desempenhar papéis que mudam através da reencarnação. Que o profundo sofrimento da humanidade está enraizado na identificação estreita com a representação dos papéis, e o sofrimento cessa pela identificação com o diretor do filme, ou Deus.
Para isso, promoveu o ensino da meditação em Kriya Yoga, como um meio para auxiliar as pessoas a alcançar esse entendimento, que ele definiu como auto-realização:
"O mistério da vida e da morte, cuja solução é o único objetivo da passagem do homem pela Terra, está intimamente entrelaçado com a respiração. Um ser humano identifica-se falsamente com sua forma física porque as correntes vitais da alma são transportadas pela respiração para o interior da carne, com tamanha intensidde, que o homem toma o efeito pela causa, e supõe, idolatramente, que o corpo tem vida própria."
    "Para despertar a memória de sua própria divindade, o homem comum de nada mais precisa que a técnica de Kriya Yoga, a observância diária dos preceitos morais e a aptidão de clamar sinceramente o anseio por conhecer a Deus. Usando a chave de Kriya, as pessoas que não podem crer na divindade de homem algum, contemplarão, por fim, a plena divindade de si mesmas".
    "Deus é Amor; logo, Seu plano para a criação só pode ter raiz no amor. Não oferece este simples pensamento mais consolo ao coração humano que todos os raciocínios dos eruditos? Todo santo que penetrou no âmago da Realidade deu testemunho de que existe um planejamento divino do universo, pleno de beleza e de alegria."
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sábado, 8 de junho de 2013

GANDHI

Mahatma Gandhi
Gandhi foi um líder indiano que lutou toda sua vida pela independência da Índia e pela paz entre hindus e muçulmanos, e graças ao seu esforço foi criado o Estado muçulmano do Paquistão.

             Mohatma Gandhi foi um grande líder da humanidade, além de seus feitos históricos pela Índia, também é muito conhecido por seus pensamentos e sua filosofia. Gandhi foi inspiração para grandes nomes da história mundial, como Winston Churchill, Einstein e Martin Luther King, e foi considerado por muitos um dos grandes homens do século XX.

            Mohandas Karamchand Gandhi é o verdadeiro nome de Gandhi, Mahatma, no língua hindu significa "a grande alma". Gandhi nasceu na Índia e casou-se aos 13 anos, foi para Londres cursar Direito e voltou para seu país de origem para exercer sua profissão.

            Sua primeira ação pela humanidade começou na África do Sul, uma colônia britânica, onde foi lutar pelos direitos dos hindus. Logo depois voltou para a Índia, a fim de expandir seus pensamentos e o movimento em si. Gandhi chegou até a ser preso, quando em uma manifestação pública contra o aumento de impostos, um posto policial foi queimado, e ele acabou sendo preso durante 2 anos.

            A Índia era uma colônia britânica, o que levou Gandhi a ir para a Inglaterra pedir a independência indiana. Foram 17 anos de pedidos e manifestações, até que em 1947 a Inglaterra considerou a Índia um país independente, porém neste mesmo período o ódio entre muçulmanos e hindus também aumentava, sendo logo depois declarado o Paquistão como um país independente.

            Um ano após conquistar a independência, Gandhi foi morto por um hindu e suas cinzas foram jogadas no Rio Ganges, local sagrado para a religião.
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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

ANDRÉ LUIZ

"Quero trabalhar e conhecer a satisfação dos cooperadores anônimos da felicidade alheia. Procurarei a prodigiosa luz da fraternidade através do serviço às criaturas, olvidando o próprio nome que deixo para trás por amor a Deus e a elas. Revisto-me transitoriamente de outra personagem para melhor ensinar e amparar.
Sou André Luiz

            André Luiz não é seu verdadeiro nome.
            Dele sabe-se, que foi médico sanitarista, no século iniciante, e que exerceu sua profissão no Rio de Janeiro, Brasil.
            Segundo suas próprias palavras, optou pelo anonimato, quando da decisão de enviar notícias do além-túmulo, por compreender que "a existência humana apresenta grande maioria de vasos frágeis, que não podem conter ainda toda a verdade".
            Declara Emmanuel, no prefácio de "Nosso Lar", que ele, "por trazer valiosas impressões aos companheiros do mundo, necessitou despojar-se de todas as convenções, inclusive a do próprio nome, para não ferir corações amados, envolvidos ainda nos velhos mantos da ilusão."
            Imensa curiosidade cerca a personalidade do benfeitor e aventam-se hipóteses, sem que se chegue à sua real identidade.
            André Luiz, no entanto, fiel ao desejo de servir sem láureas, e atento ao compromisso com a verdade, prossegue derramando bênçãos em forma de livros, sem curvar-se à curiosidade geral. Importa o que tem a dizer, de espírito à espírito.
            A vaidade do nome ou sagrações passadas já não encontram eco em seu coração lúcido e enobrecido.
            André Luiz foi, positivamente, dentre todos os Benfeitores que escreveram aos encarnados o que manteve fidelidade maior aos postulados espíritas, notadamente à Allan Kardec. O seu trabalho, no que concerne à forma e ao fundo, notabiliza-se em tudo pelo respeito e lealdade mantidos, ao longo do tempo, ao Codificador e à Codificação.
             Por mais de quatro décadas, André Luiz trabalhou ativamente junto a Seara Espírita, lhe exornando a excelência e clarificando caminhos.
             Chico Xavier, o médium que serviu de "ponte", hoje desencarnado, não pode mais oferecer mão segura à transmissão de seus ensinamentos luminosos.
             Não sabemos se André Luiz retornará pela mão de outro médium.
Deste modo, resta apenas, aos espíritas e admiradores, o estudo de sua obra magnífica, calando interrogações para ater-se às lições ministradas, de mente despojada e coração agradecido.
Como ele, certamente, aguarda seja feito.
O HOMEM - André Luiz traça de si mesmo um perfil comum, previsível, sem nuances ou grandezas espirituais. Logo nas primeiras páginas de "Nosso Lar", diz, referindo-se à sua personalidade de então:
            "Filho de pais talvez excessivamente generosos, conquistara meus títulos universitários sem maior sacrifício, compartilhara os vícios da mocidade do meu tempo, organizara o lar, conseguira filhos, perseguira situações estáveis que garantissem a tranqüilidade econômica do meu grupo familiar, mas, examinando atentamente a mim mesmo, algo me fazia experimentar a noção do tempo perdido, com a silenciosa acusação da consciência. Habitara a Terra, gozara-lhe os bens, colhera as bênçãos da vida, mas não lhe retribuíra ceitil do débito enorme.
            Tivera pais, cuja generosidade e sacrifícios por mim nunca avaliei; esposa e filhos que prendera, ferozmente, nas teias rijas do egoísmo destruidor. Possuí um lar que fechei a todos os que palmilhavam o deserto da angústia. Deliciara-me com os júbilos da família, esquecido de estender essa bênção divina à imensa família humana, surdo a comezinhos deveres de fraternidade."
            André depois de intensa preparação espiritual junto aos seus mentores espirituais aceita, jubiloso, a nova e fascinante etapa existencial.de mensageiro da luz, E diz:
            "Misteriosa alegria dominou-me todo, sublimada esperança iluminou-me os sentimentos. E o desejo ardente de colaborar em benefício dos outros, me foi aceso no íntimo, parecia encher, agora, a taça vazia do meu coração.
            Trabalharia sim. Conheceria a satisfação dos cooperadores anônimos da felicidade alheia. Procuraria a prodigiosa luz da fraternidade, através do serviço às criaturas."
E olvidando o próprio nome, que deixa para trás por amor à Deus e as criaturas, reveste-se transitoriamente de outra personagem, para melhor ensinar e amparar.
Surge André Luiz.
SUA OBRA: NOSSO LAR, OS MENSAGEIROS, MISSIONÁRIOS DA LUZ, OBREIROS DA VIDA ETERNA, NO MUNDO MAIOR, AÇÃO E REAÇÃO, LIBERTAÇÃO, ENTRE A TERRA E O CÉU, NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE, MECANISMOS DA MEDIUNIDADE, EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS, CONDUTA ESPÍRITA, SEXO E DESTINO, DESOBSESSÃO, E A VIDA CONTINUA, AGENDA CRISTÃ, SOL NAS ALMAS, SINAL VERDE, ENDEREÇOS DE PAZ, OPINIÃO ESPÍRITA, ESTUDE E VIVA (estes dois últimos com Emmanuel).
Muitos outros livros ainda compõem este acervo, além de centenas de mensagens distribuídas nos inúmeros livros de Chico Xavier.
BIOGRAFIA EXCLUSIVA DO SITE ESPÍRITA ANDRÉ LUIZ
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domingo, 3 de fevereiro de 2013

BEZERRA DE MENESES



EXERTOS DO Estudo sobre o grande médico e espírita, BEZERRA DE MENESES denominado o “Kardec brasileiro”

          Escolhemos para falar hoje não só por ele ter sido médico e espírita, mas principalmente pela sua vida na Terra ter sido um modelo. Adolfo Bezerra de Menezes foi conhecido em seu tempo com o Médico dos Pobres. Isto porque ele fazia mais do que ouvir o paciente e prescrever um receituário com remédios homeopáticos (ele foi um médico homeopata). Ele sofria também com o sofrimento de seus pacientes. Era todo amor e bondade, alimentava sempre o desejo de ser útil e procurava a todo instante arrancar de seu interior os maus instintos naturais e substituí-los pelas virtudes cristãs.
         Uma vez escreveu sobre a maneira de proceder do verdadeiro médico, dizendo: O médico verdadeiro não tem o direito de acabar a refeição, de escolher a hora, de inquirir se é longe ou perto. O que não atende por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar-se fatigado, ou pôr ser alta noite, mau o caminho ou o tempo, ficar longe, ou no morro; o que sobretudo pede um carro a quem não tem com que pagar a receita, ou diz a quem chora à porta que procure outro - esse não é médico, é negociante de medicina, que trabalha para recolher capital e juros dos gastos da formatura (...).1,2
          E realmente, Bezerra foi capaz de demonstrar na sua vida que realmente praticava seus ideais de amor cristão para com seus semelhantes. Conta-se que numa tarde, depois de haver vivido um dia cheio na sua tarefa crista, em que consolou e esclareceu, medicou e apaziguou infinidades de irmãos, chegou ao Lar sentindo-se cansado e preocupado, tanto mais que sua filha Evangelina, apelidada de Nhanhan, achava-se febril, abatida, desassossegada.
          Descansa, depois de haver tomado seu banho e jantado, quando, à sua porta chega uma senhora aflita e lhe pede, entre soluços, em nome de Jesus, para ir ver sua filhinha que se achava febril, abatida, desassossegada. Bezerra se comove com as lágrimas maternais. Pensa na sua filha também doente, a quem dera assistência e de cuja enfermidade não encontrava a causa. Sente-se também cansado e com as pernas inchadas.
          Mas a irmã a sua frente era um estátua viva de dor e aflição e o chamava em nome de Jesus! Não podia desatendê-la. E diz para sua querida esposa, que o observava atenta e também aflita, procurando adivinhar sua solução e pedindo-lhe, pelo olhar, que não fosse:
- Minha filha ficará sob os cuidados de Jesus. E, em Seu nome, vou cuidar de outra filha. Até já.
          E segue com a mãe aflitiva. Sobe e desce morros. Depois de caminhada exaustiva, chega. Realiza sua tarefa, medicando a doentinha, dando-lhe passes, receitando-lhe alguns medicamentos e colocando-lhe à mesa algum dinheiro. E sai, deixando a doente melhor e a mãe consolada e agradecida, a dizer-lhe: Vá com Deus, Dr. Bezerra! Que Deus lhe pague o bem que me fez! Que possa encontrar sua filha melhor!
          Chega ao lar tarde da noite. Encontra tudo aquietado. E, receoso, pensando haver a filha piorado e até desencarnado, entra às pressas. E encontra a esposa dormindo numa cama, e, noutra, sua Filha também dormindo e sem febre...
          Ali mesmo, em silêncio, ajoelha a alma e agradece ao Divino Mestre por lhe haver sentido o testemunho e medicado a filha, aquela que, mais tarde, em plena primavera de seus 18 anos, seria chamada à espiritualidade para ser, de mais alto, seu anjo e seu estímulo.1
           Podemos ver que Bezerra de Menezes era mais do que um simples médico chegando-se mesmo a pensar se as curas que operava se deviam aos remédios homeopáticos que ministrava ou eram resultado dos fluidos energéticos de amor que emanavam a todo instante de sua alma. Ele receitava pelos lábios e pela pena. Pelos lábios: conselhos, vestidos de emoção e ternura, acordando nos consulente o Cristão que dormia; pela pena, homeopatia, água fluídica e passes. E finalizava pedindo que cada um tivesse às mãos, no lar, o Grande Livro, o Evangelho Segundo o Espiritismo, que o lesse com alma, com sinceridade e confiança no seu Autor, Jesus Cristo! E como os resultados eram promissores, cada doente deixava seu consultório satisfeito, melhorado pois que havia deixado lá dentro o seu peso, a sua tristeza, algo que o oprimia.1
          Escreveu-nos uma vez Joaquim Murtinho também médico homeopata e operador de muitas curas maravilhosas: os ensinamentos da fé constituem receituário permanente para a cura positiva as antigas enfermidades que acompanham a alma, século trás século (...) Se o homem compreendesse que a saúde do corpo é reflexo da harmonia espiritual, e se pudesse abranger a complexidade dos fenômenos íntimos que o aguardam além da morte, certo que se consagraria à vida simples, com trabalho ativo e a fraternidade legítima por normas de verdadeira felicidade2
          De uma feita, um pai de família pede-lhe, chorando, um óbolo, uma ajuda em dinheiro para enterrar o corpo de sua esposa, que desencarnara, deixando-lhe os filhos menores doentes e famintos. Bezerra procura algo nos bolsos e nada encontra. Comove-se e, por intuição, desapegado das coisas materiais, tira do dedo o anel simbólico de Médico e o entrega ao irmão necessitado, dizendo-lhe, com carinho e humildade:
          Venda-o e, com o dinheiro, enterre o corpo de sua mulher e compre o que precisa.1
Certa feita, acabada a sessão espírita, descera Bezerra de Menezes ainda emocionado, as escadas da Federação Espírita Brasileira, quando localizou um irmão, de seus 45 anos, cabelos em desalinho, com a roupa suja e amarrotada.
          Os dois se olharam, Bezerra compreendeu logo que ali estava um caso todo particular para ele resolver. Oh! Bendito os que têm olhos no coração! E Bezerra os tinha e os tem. E levou o desconhecido para um canto e lhe ouviu, com atenção, o desabafo, o pedido:
         - Dr. Bezerra, estou sem emprego, com a mulher e dois filhos doentes e famintos... E eu mesmo, como vê, estou sem alimento e febril!
         Bezerra, apiedado, verificou se ainda tinha algum dinheiro. Nada encontrou nos bolsos. Apenas a passagem do bonde... Tornou-se mais apiedado e apreensivo. Levantou os olhos já molhados de pranto para o alto e, numa prece muda, pediu inspiração a Maria Santíssima, seu anjo tutelar e solucionador de seus problemas. Depois, virando-se para o Irmão:
        - Meu filhos, você tem fé em Nossa Senhora, a Mãe do Divino Mestre, a nossa Mãe Querida?
        - Tenho e muita Dr. Bezerra!
        - Pois, então, em Seu Santíssimo Nome, receba este abraço.
        E abraçou o desesperado Irmão, envolvente e demoradamente. E, despedindo-se, disse:
        - Vá, meu filho, na Paz de Jesus e sob a proteção do Anjo da Humanidade. E, em seu lar, faca o mesmo com todos os seus familiares, abraçando-os, afagando-os. E confie Nela, no amor da Rainha do Céu, que seu caso há de ser resolvido.
         Bezerra partira. A caminho do lar, meditava: teria comprido seu dever, será que possibilitara ajuda ao irmão em prova, faminto e doente? E arrependia-se por não lhe haver dado senão um abraço. Não possuía nenhum dinheiro. O próprio anel de grau já não estava nos seus dedos. Tudo havia dado. Não tendo dinheiro, dera algo de si mesmo, vibrações, bom ânimo, moeda da alma, ao irmão sofredor e não tinha certeza de que isso lhe bastara... E, neste estado de espírito, preocupado pela sorte de um seu semelhante, chegou ao lar.
         Uma semana passara-se. Bezerra não se recordava mais do sucedido. Muitos eram os problemas alheiros. Após a sessão de outra terça-feira, descia as escadas da FEB. Alguém no mesmo lugar da escada, trazendo na fisionomia toda a emoção do agradecimento, toca-lhe o braço e lhe diz:
         - Venho agradecer-lhe, Dr. Bezerra, o abraço milagroso que me deu na semana passada, neste local e nesta mesma hora. Daqui saí logo sentindo-me melhor. Em casa, cumpri seu pedido e abracei minha mulher e meus filhos. Na linguagem do coração, oramos todos à Mãe do Céu. Na água que bebemos e demos aos familiares, parece, continha alimento. Pois dormimos todos bem. No dia seguinte, estávamos sem febre e como que alimentados... E veio-me a inspiração, guiando-me a uma porta, que se abriu e alguém por ela saiu, ouviu meu problema, condoeu-se de mim e me deu um emprego, no qual estou até hoje. E venho lhe agradecer a grande dádiva que o senhor me deu, arrancada de si mesmo, maior e melhor do que dinheiro!
           O ambiente era tocante! Lágrimas caíam tanto dos olhos de Bezerra como do irmão beneficiado e desconhecido. E numa prece muda, de dois corações unidos, numa mesma forca gratulatória, subiu aos Céus, louvando Aquela que é, em verdade, a porta de nossas esperanças, a Mãe Sublime de todas as mães, a advogada querida de todas as nossas causas!
           Louvado seja Maria Santíssima!1
Bezerra de Menezes foi um grande devoto de Maria Santíssima, a qual atendia sempre a seus divinos pedidos. Era ela o seu fanal de consolação. Na verdade, Bezerra não foi espírita desde que nasceu. Nascera em família afortunada e católica, a 29 de agosto de 1831, em Riacho do Sangue, na Província do Ceará. Cresceu em clima de severa dignidade, respeito e religiosidade. Devido à sua prestimosa inteligência, inerente a todos os espíritos superiores, distinguiu-se nos estudos desde cedo, sendo sempre o 1o aluno de sua classe. Em 5 de fevereiro de 1851, quando contava com 19 anos de idade, transferiu-se para a Corte (atual Rio de Janeiro) para fazer seu curso médico. Nesta época seu pai, homem de bom coração havia perdido a sua fortuna e não pode ajudar seu filho financeiramente em seus estudos. Foi através de lutas, privações e renúncias aos prazeres ilusórios do mundo, que Bezerra conseguiu, em 1856, doutorar-se em Medicina.
           A data de 16 de agosto de 1886 tornou-se memorável na História do Espiritismo no Brasil, por um acontecimento que, nos meios políticos, religiosos e médicos, ecoou de maneira estrondosa, causando mesmo surpresa e desapontamento para muitos, principalmente para os da classe médica. É que, numa das costumeiras tertúlias que então se realizavam no grande salão da Guarda Velha, em que compareceram cerca de 2 mil pessoas da melhor sociedade, Bezerra de Menezes, então presente, pedindo a palavra, proclamou solenemente a sua adesão ao Espiritismo. Essa sua filiação à nova corrente religiosa foi como uma transfusão de sangue novo para a Doutrina no Brasil, a qual daí por diante entrou em ritmo mais acelerado.1
              Em 1895, em meio a divergências havidas na FEB, e como obteve a maioria absoluta dos votos, Bezerra de Menezes tornou posse da presidência da FEB. Durante toda a sua presidência (1895-1900) trabalhou ativamente e com muito ardor no propósito de congraçar os espiritistas, e jamais esmoreceu na luta a bem da unificação geral, mantendo campanha sistemática em favor do estudo da nossa Doutrina e, sobretudo, seja pela palavra falada, seja pela palavra escrita, mostrava a completa, integral interdependência do Espiritismo e do Evangelho. Dizia mesmo que a pedra fundamental do Espiritismo, em sua pura concepção, era o Evangelho. Sem ele a Terceira Revelação não subsistiria e jamais se agigantaria nas consciências humanas.

Por Eva Patricia Baptista


Referências Bibliográficas:
1. Lindos Casos de Bezerra de Menezes. Ramiro Gama.
2. Vida e Obra de Bezerra de Menezes. Sylvio Brito Soares.


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